Por Rio 247, com Agência Brasil
O assassinato brutal da
vereadora Marielle Franco, do PSOL, que foi morta a tiros no bairro do
Estácio, região central da capital carioca, na noite desta quarta-feira (14),
repercutiu também no exterior.
Assunto apareceu com destaque em
diversas publicações internacionais, como o “The New York Times”, o “The
Washington Post” e outros.
Ativista do movimento negro e
oriunda da favela da Maré, Marielle voltava de um evento chamado “Jovens
negras movendo as estruturas”, na Lapa, quando, de acordo com testemunhas, teve
o carro emparelhado por outro veículo, de onde partiram os tiros.
Uma ambulância do quartel central
do Corpo de Bombeiros foi acionada para o local e constatou a morte da
parlamentar e do motorista. A vereadora estava indo para casa no bairro da
Tijuca, zona norte do Rio, voltando de um evento ligado ao movimento negro, na
Lapa.
Segundo informações preliminares
da Polícia Militar do RJ, que atendeu a ocorrência, a parlamentar e o
motorista, Anderson Pedro Gomes, foram baleados e morreram no local. A
assessora Fernanda Chaves sobreviveu ao ataque e não teria sofrido nenhum tiro,
segundo o Corpo de Bombeiros.
Em nota, a Executiva Nacional do
PSOL manifestou pesar pelo assassinato da vereadora e destacou sua atuação
política. “A atuação de Marielle como vereadora e ativista dos direitos humanos
orgulha toda a militância do PSOL e será honrada na continuidade de sua luta”,
diz um trecho. O partido também exigiu apuração “imediata e rigorosa” sobre as
circunstâncias do crime.
Há duas semanas, Marielle havia
assumido relatoria da Comissão da Câmara de Vereadores do Rio criada para
acompanhar a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. Ela
vinha se posicionando publicamente contra a medida.
A parlamentar também chegou a
denunciar, em suas redes sociais, no fim de semana, uma ação de policiais
militares na favela do Acari. “O 41º Batalhão da Polícia Militar do Rio de
Janeiro está aterrorizando e violentando moradores de Acari. (…) Acontece desde
sempre e com a intervenção ficou ainda pior”, escreveu.